Com a chegada recente do Mounjaro (tirzepatida) ao Brasil — já considerado um divisor de águas no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2 — a corrida farmacêutica para lançar novas e mais potentes medicações não para. Grandes laboratórios já testam novas moléculas que prometem ir além dos resultados atuais, e especialistas brasileiros acompanham esse movimento de perto.
Segundo o Dr. Danilo Matsunaga, médico referência em emagrecimento e reposição hormonal em São Paulo, “o Mounjaro mal desembarcou nas farmácias e já estamos acompanhando dados promissores sobre medicamentos ainda mais avançados, como a retatrutida e a cagrilintida, que podem atuar com múltiplos mecanismos no controle da saciedade, glicemia e metabolismo lipídico.”
Enquanto o Mounjaro já impressiona por sua eficácia — com estudos apontando perda de peso superior a 20% em alguns pacientes —, os compostos que estão sendo desenvolvidos agora visam melhorar ainda mais a tolerabilidade e os efeitos a longo prazo. “O grande diferencial está na combinação de ação hormonal simultânea, o que pode oferecer uma resposta mais rápida e duradoura, mesmo para pacientes que antes não respondiam bem a outros tratamentos”, explica o Dr. Danilo.
Com o aumento expressivo da procura por medicamentos injetáveis para emagrecimento, ele alerta: “É essencial que essas medicações sejam acompanhadas por um profissional de saúde qualificado. Não se trata apenas de emagrecer, mas de proteger a saúde, avaliar riscos e entender o contexto de cada paciente.”
Para Dr. Danilo, o futuro do tratamento da obesidade está em combinar ciência de ponta com acompanhamento individualizado. “A tecnologia farmacológica está avançando rápido, mas o olhar humano, empático e atento do médico continua sendo insubstituível.”